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segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

APRECIE COM EXAGERO...

★★★★★★★★
Título: Star Trek: Além da Escuridão (Star Trek: Into Darkness)
Ano: 2013
Gênero: Ação
Classificação: 14 anos
Direção: J.J. Abrams
Elenco: Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana, Karl Urban, Simon Pegg, Benedict Cumberbatch, Bruce Greewood, Peter Weller
País: Estados Unidos
Duração: 132 min.

SOBRE O QUE É O FILME?
Capitão Kirk agora terá a missão de combater uma ameaça espacial que colocará à prova suas capacidades de comando e decisão que poderão colocar em risco não apenas sua carreira e a tripulação da Entreprise, mas sua relação de confiança e amizade com todos eles.

O QUE TENHO A DIZER...
Star Trek: Além da Escuridão é dirigido por J.J. Abrams. Para quem não conhece esse diretor, aqui vai um resumo em 5 passos:

1) Começou uma carreira de sucesso como produtor de seriados famosos como Felicity (1998-2002); Alias (2001-2006); Lost (2004-2010) e Fringe (2008-2013).
2) Arriscava como diretor e roteirista em seus próprios seriados, mas no cinema foi chamar atenção com Missão Impossível 3 (Mission: Impossible 3), considerado o melhor da série. Depois disso veio o sucesso do reboot de Star Trek (2009) e Super 8 (2011).
3) Sua produtora, a Bad Robot, se transformou em uma das maiores e mais importantes da atualidade por conta dos sucessos dos seriados, dos filmes que ele dirigiu e demais outros que ele apenas produziu como: Cloverfield (2008) e Missão Impossível - Protocolo Fantasma (Ghost Protocol, 2011). 
4) É o mais novo queridinho dos diretores de Hollywood, amigo e um grande admirador de Spielberg, diretor o qual o estilo ele se apropriou e segue fielmente as mesmas fórmulas (basta assistir Super 8 para saber do que falo).
5) Foi jogada em suas costas a gigante responsabilidade em produzir, dirigir e escrever a retomada da série Star Wars no Episódio VII da franquia.

Após essa breve apresentação, já sabemos que Abrams não é mais um maluco qualquer que criou seriados sem pé nem cabeça que abraçou milhões de fãs no mundo. Ele virou um homem poderoso e respeitado porque tudo que ele faz é comercial e hollywodiano demais, mas a qualidade é inegável. Seus filmes cumprem a proposta de entreter sem serem banais e descartáveis, e os títulos produzidos ou dirigidos por ele não são esquecidos facilmente com o tempo. Por essa razão que ele é bastante comparado a seu amigo Spielberg, pois todos seus filmes, até hoje, são sucessos de público e crítica, até mesmo na bobagem nostálgica chamada Super 8.

Quando o reboot de Star Trek foi anunciado, a preocupação dos fãs foi geral. Como retomar uma série antológica e icônica tanto da TV quanto do cinema, dentro de padrões atuais e modernos, sem perder as características? Com atores jovens e desconhecidos, ele recontou a história dos exploradores espaciais e conseguiu ser inovador e fiel o suficiente para agradar os fãs, os não fãs, e os que pouco sabiam ou desconheciam.

Quatro anos separaram o primeiro filme de sua continuação. Absurdos de lado, Abrams conseguiu fazer desta sequencia algo tão bom quanto o primeiro, mesmo esquecendo-se completamente de quaisquer leis da física. Na linguagem do cinema atual, absurdos ainda são possíveis, mas a facilidade pela busca de informações hoje em dia é tão grande que ninguém mais se convence com qualquer coisa, e a exigência dos espectadores por algo mais próximo possível de uma realidade hipotética é grande, ainda mais depois de reboots de filmes de ação que agoram puxam para o maior realismo possível (e que outrora tinham teores surreais intragáveis atualmente). O diretor conseguiu driblar tudo isso magicamente, fazendo a história e as sequencias de ação serem tão mais importantes que os absurdos se tornam irrelevantes e imperceptíveis tal qual eram os filmes de ação dos anos 80/90 (principalmente aqueles dirigidos por ninguém mais que Spielberg) e, obviamente, o seriado e os filmes da própria série Star Trek.

Por mais fantásticos que pudessem ser, a série Star Trek sempre teve como característica principal criar mundos e dimensões tão ilógicas e cativantes que, mesmo assim, convencia de que todo aquele esquisito desconhecido pudesse existir em uma realidade qualquer. Tudo isso é mantido no filme, bem como a dimensão e a profundidade dada aos personagens foi muito maior, principalmente na relação conflituosa de precisa racionalidade de Spock, com o exagero intuitivo e emocional de Kirk. O roteiro, muito bem trabalhado principalmente em cima dos diálogos que expõem cada vez mais com exatidão a personalidade de cada um, faz os personagens serem convincentes, grandiosos em seus determinados momentos e não tendo oportunidades para pieguices até mesmo em momentos de extremo cliché, como quando Spock e Kirk tocam as mãos através de um vidro que os separam. Este momento em específico é muito óbvio, mas só não se tornou ridículo por conta de um tom dramático preciso tanto dos diálogos, quanto dos atores, que é utilizado por todo o filme em doses realmente muito bem medidas.

E sem dúvida também há os momentos cômicos que fazem parte da fórmula de qualquer filme do gênero, mas que igualmente fogem de situações óbvias e de riso fácil e pastelão, indo para um humor mais debochado e irônico, como o constantemente estressado Scotty (brilhantemente interpretado pelo britânico Simon Pegg), o mau humor caricato de Magro/Bones (Karl Urban) e até mesmo o pragmatismo exagerado de Spock (Zachary Quinto). E tudo funcionando com fluidez, como manda a cartilha Star Trek de ser.

Não é à toa que o filme está na lista dos melhores filmes de ação do ano (igualmente ocorreu com o primeiro), arrecadando mais de US$460 milhões e prometendo novamente uma vida longa para a nova franquia de uma velha guarda (o terceiro filme já foi anunciado, mas provavelmente não será dirigido por Abrams).

CONCLUSÃO...
Abrams segue à risca todas as características e a fórmula do universo Star Trek nesse novo filme, dando ênfase na construção dos personagens e suas relações num roteiro caprichado que consegue fazer o absurdo e ilógico serem capazes de entreter sem ofender, como antigamente.

domingo, 15 de dezembro de 2013

LOLA VERSUS... FRANCES!

★★★★★★★
Título: Frances Ha
Ano: 2012
Gênero: Comédia, Drama
Classificação: 14 anos
Direção: Noah Baumbach
Elenco: Greta Gerwig, Mickey Sumner, Michael Zegen, Charlotte d'Amboise
País: Estados Unidos
Duração: 86 min.

SOBRE O QUE É O FILME?
Frances é uma aspirante a dançarina que não tem talento, que mora em Nova York mas na verdade não possui um apartamento, e que segue numa trajetória de crescimento pessoal sem deixar para trás seus sonhos e vontades.

O QUE TENHO A DIZER...
Frances Ha é dirigido por Noah Baumach, o qual também escreveu o roteiro em parceria com a própria atriz principal, Greta Gerwig.

Greta ainda é uma atriz desconhecida, mas que vem chamando muita atenção do circuito independente nos últimos anos justamente por, assim como outra atriz de sua geração, Brit Marling, não ser somente uma atriz, mas também produtora, roteirista e até já ter investido na direção.

Conta a história de Frances, uma mulher apaixonada por dança (mas que não sabe dançar), de 27 anos, e que mora em um apartamento em Nova York com sua melhor amiga de infância, Sophie. Como unha e carne, as duas são inseparáveis, tanto que Sophie se considera a versão morena de Frances, e é dessa forma que Frances fala de sua amiga aos outros. Para os demais, as duas são um casal lésbico que não faz sexo, e para elas esse rótulo pouco importa, porque elas se amam como irmãs e dormem juntas na mesma cama como um casal enquanto discutem sobre outros homens e seus fracassos amorosos. Um dia Sophie surpreende Frances ao dar a notícia que irá se mudar para outro apartamento para morar com outra garota. Essa notícia balança toda a base e estrutura confortável da vida da personagem, e a partir daí tudo desaba aos poucos, pedaço por pedaço.

Para quem assistiu seu filme anterior, Lola Versus (2012), definitivamente vai encontrar algumas situações similares neste novo filme. De alguma forma eles até se completam, e Frances Ha parece até fazer algumas referências ao anterior, podendo ser visto indiretamente como uma continuação, ou até mesmo como a outra face da percepção de como lidar com frustrações comuns da vida e do cotidiano humano. Enquanto Lola Versus foi um drama cômico sobre uma personagem que humanamente sofre em retomar sua vida após o término de uma longa relação semanas antes do seu casamento, Frances Ha é uma comédia dramática que não apenas lida com relações, mas com diversas outras situações habituais comum a todos e que essencialmente se difere de Lola por conta da força de vontade da personagem em superar as duras mudanças de uma vida que ela considerava simples e perfeita, mas que agora virou apenas um sonho no qual ela está determinada a reconquistar, custe o que custar.

Lola Versus não foi muito bem interpretado pelo público e pela crítica, talvez por conta da veracidade até brutal que o filme tenta mostrar de forma cômica sobre as dores, frustrações e conflitos passados pela personagem até atingir a natural superação sobre uma situação e um capítulo amoroso específico em sua vida, o que é realista para quem já passou pelo mesmo que ela, mas que soa absurdo ou exagerado para quem ainda não o vivenciou. Mas com uma narrativa similar, Frances Ha foi melhor aceito e compreendido por abranger situações que definem uma fase de transição complicada da juventude irreponsável para a total juventude independente, além da determinação da personagem em encarar essas situações trágicas como obstáculos a serem superados, ao invés de sofrer tudo passivamente como aconteceu com a personagem do filme anterior. Ela é graduada, inteligente, legal, engraçada, amistosa, vem de uma família de classe média e possui apenas pessoas interessantes a sua volta. Ou seja, ela poderia ser e fazer o que quisesse, mas viver em um apartamento qualquer, ter uma vida simples e trabalhar em um subemprego de dançarina substituta são as escolhas que ela fez e pretente se manter, mesmo que ela quebre a cara com isso.

O filme é unicamente sobre Frances e, por isso, não há uma cena sequer em que ela não esteja presente, mostrando sua vida de forma intimista e nostálgica, e a identificação com certos momentos chega a ser forte e carismática o suficiente para não ser vista com estranheza pelo espectador, tanto que o filme foi intencionalmente feito em preto e branco porque o diretor queria limitar o foco e a atmosfera apenas na personagem e em sua trajetória, e não ser saudosista a uma época, até porque a contemporaneidade do filme não se encaixaria nisso.

A história pode ser linear, mas o roteiro realmente se bagunça em dar atenção mais para alguns momentos do que para outros, mas definitivamente isso não atrapalha a intenção e a idéia principal do filme - e sua moral - da busca da personagem pela independência, superação e determinação da conquista de sonhos, importantes para a maturação das idéias e do caráter, o que é muito bem mostrado.

O mérito disso é inteiramente tanto de Greta Gerwig quanto dos diálogos, em uma atuação apaixonante e sincera nas variações emocionais - às vezes sutis, às vezes exageradas - que em nenhum momento fogem da perspectiva e da personalidade despretenciosa, desordenada e impulsiva da personagem. Os diálogos não podiam ser mais inteligentes, variando entre o cinismo e a ignorância proposital, a ingenuidade e o excesso de malícia. Os momentos íntimos e sinceros do filme se tornam realmente íntimos e sinceros porque todo mundo já fez o que Frances fez, e se não fez, irá fazer. Só que a grande graça de todo filme é que, embora Frances tenha idéias inconsequentes, atitudes impensáveis e seja por algumas vezes inconveniente, ela mesmo assim continua sendo legal, e ao invés de sentirmos pena, nós torcemos por ela.

Frances começa o filme com sonhos e atitudes típicas do deslumbre da primeira experiência dessa juventude independente e da falta de necessidade de obrigações e satisfações, até mesmo se auto-referindo como alguém "inamorável" justamente por não querer se apegar a nada além de sua própria vida e experiências. Depois entra para os conflitos e o choque com a realidade: a constante falta de dinheiro; a dúvida profissional; a ironia da descoberta da falta do talento para o que mais ama; as atitudes inconsequentes; a dificuldade de readaptação social, de encontrar e se encaixar em diferentes grupos que mudaram no decorrer do aumento de experiências e responsabilidades. Ela chega até a ter atitudes inconvenientes por conta da imaturidade, ou na tentativa de demonstrar ser algo que não é para ser aceita numa sociedade que ela descobre prezar pela imagem e status, como no jantar em que participa, disparando diálogos constrangedores a todo tempo ao tentar ser o que não é, só cativando a atenção de todos quando, já bêbada e desarmada da falsa imagem, faz uma observação inusitada e até poética sobre a vida e as relações.

Ela atinge a maturidade e a fase adulta quando finalmente decide deixar o passado para trás, descobrindo aos tropeços que a vida é uma onda de constantes mudança adaptáveis, e que para isso ela não precisa deixar de ser o que é em essência, apenas manter o pensamento positivo. O ápice desse desenvolvimento confuso, porém fluido da personagem, é visto de forma breve e muito marcante nos últimos minutos do filme, na sua postura de mulher adulta, e até mesmo na forma como ela novamente se considera "inamorável", mas que agora carrega uma outra carga de responsabilidade na afirmação e que se resume no espetáculo final, ou quando Colleen, a dona da companhia de dança - e a grande responsável por abrir os olhos da personagem à realidade - diz que a apresentação foi interessante por representar o que Frances realmente é.

A leveza com que o filme trata essa positiva inércia vivida por Frances faz com que ele não apenas tenha diálogos memoráveis como várias cenas igualmente inesquecíveis, como no momento em que ela corre dançando pelas ruas de Manhattan. São cenas deliciosas como essa, além da trilha sonora 70/80tista que nos remetem aos filmes daquela época, que assistíamos e reassistíamos justamente para absorver as cenas marcantes e decorar os diálogos interessantes, o que nesse filme tem de monte.

CONCLUSÃO...
Greta novamente faz um trabalho doce, despretencioso, delicado, sutil e realista. A atriz conquistou sua primeira indicação ao Globo de Ouro no gênero Comédia/Musical pelo filme, e com certeza sua grande estréia em uma carreira que promete ser grandiosa no futuro. É um filme com as mesmas pretensões de seu filme anterior, Lola Versus, porém mais abrangente e, por isso, melhor assimilado e com maior vínculo de identificação.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

MICHAEL BAY DE SEMPRE...

★★★★
Título: Sem Dor, Sem Ganho (Pain & Gain)
Ano: 2013
Gênero: Ação
Classificação: 14 anos
Direção: Michael Bay
Elenco: Mark Wahlberg, Dwayne Johnson, Anthony Mackie, Tony Shalhoub, Ed Harris, Rebel Wilson
País: Estados Unidos
Duração: 129 min.

SOBRE O QUE É O FILME?
História do educador físico, instrutor e halterofilista Daniel Lugo, que resolve por em prática um plano criminoso e inconsequente para ser mais um novo milhonário em Miami.

O QUE TENHO A DIZER...
Sem Dor, Sem Ganho é dirigido por Michael Bay. É seu segundo filme produzido com um pouco mais de US$25 milhões e, por incrível que pareça, talvez sua primeira e única tentativa de fazer um filme sério para tentar provar para um público - que não se sabe qual - de que ele pode ser um bom diretor em uma carreira definida por blockbusters bobos a inúteis, como a tetralogia Transformers (o quarto filme estréia em 2014). Considerado quase que em unanimidade pelos críticos como um dos piores diretores do cinema, justamente por ter em seu currículo apenas títulos puramente medíocres e comerciais, chega a ser até incoerente alguém como ele tentar criticar o consumismo, o "american way of life" e a cultura do corpo nesse filme que até tem um conteúdo que podia ser aproveitado e levado a sério, caso ele não fosse o diretor.

O filme começa dizendo que a história é real, quando na verdade ela é apenas baseada nas matérias de Pete Colins publicadas no Miami New Times, em 1998, sobre o professor, instrutor e halterofilista Daniel Lugo, que desiludido com uma vida nada glamurosa no meio da grande ostentação e imagem de Miami, resolve cair no mundo do crime de forma muito estúpida e inconsequente apenas para conseguir tudo o que as outras pessoas tem e que ele nunca conseguiu, como uma mansão, um conversível, mulheres, influência na sociedade e drogas.

Michael Bay, juntamente com Roland Emmerich ou o produtor Jerry Bruckheimer, fazem parte de um nicho de Hollywood que sempre teve grandes orçamentos nas mãos, tendo a liberdade de pecar no excesso e na falta de qualidade para atingir diretamente um público que busca o entretenimento fácil. Eles são respeitados e requisitados na indústria única e simplesmente por este propósito. Portanto, quanto mais bombas, explosões, porradas, efeitos especiais e piadas sem graça, mais acessíveis são seus filmes. Em uma carreira de mais de 15 anos, como a de Bay, apenas realizando filmes neste estilo vazio, não é de impressionar que Sem Dor até tenta, mas não consegue ter conteúdo suficiente pra mudar a péssima reputação do diretor.

É claro que todos os clichés estão presentes em personagens estereotipados, como o narcisista personagem principal, o grandalhão violento e infantil, e um terceiro elemento que não oferece desenvolvimento algum no filme. Todos os personagem apresentados são absurdamente ignorantes, que agem inconsequentemente numa desordem caótica. Há também a vítima que tenta ter uma vilania pintada de uma forma tão insuportável como que a convencer o espectador de que ele realmente merece tudo que sofre. Depois disso, tudo é um show de horrores, como a prostituta estrangeira e burra, um investigador da polícia durão e uma enfermeira vivida por Rebel Wilson numa caricatura de gorda-loira-sexy-esquisita-safada-e-burra que ela repetiu tantas vezes que já virou um tipo cansado e sem graça.

A idéia do filme não é de toda ruim, e a história de Daniel Lugo chega a ser interessante, mas muito mal contada. Michael Bay até acerta poucas vezes em alguns jogos de câmera, mas que logo perdem a graça por conta da repetitividade, como se ele tivesse descoberto um truque legal. Mark Wahlberg também tenta construir uma personalidade histérica e desesperada, mas está mais no filme para promover sua marca de suplementos alimentares, já que ele promoveu o filme dizendo que toda sua dieta foi feita com seus suplementos. Mas quem realmente rouba a cena é o truculento Dwayne Johnson que, mesmo repetindo um estilo que ele já fez em filmes anteriores, consegue mostrar muito bem uma versatilidade cômica e um tanto rústica sem ser forçado. Rouba a cena também a mais-que-coadjuvante personagem iuguslava, que aparece por não mais de 10 minutos, mas faz uma sequencia bem hilária e trágica quando é dopada com um potente anestésico animal.

Essa intenção de ser um filme apenas de vilões ou anti-heróis (não há heróis ou mocinhos em todo o filme) chega a ser um diferencial que poderia ter sido melhor aproveitado, mas além de longo demais, se prende e se estende em pormenores desnecessários, numa violência injustificada, que fica inadequada porque não havia necessidade da história caminhar para essa via. O roteiro inconsistente, que vai e volta, sem pé nem cabeça, mostra todo o sofrimento de uma história mau desenvolvida. Ou seja... por mais que ele quisesse fazer algo diferente, no fim é um típico filme Michael Bay.

CONCLUSÃO...
Michael Bay novamente pesando a mão e provando mais uma vez que seu talento é limitado em um filme que ele tenta a todo custo provar o contrário.
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