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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O AMOR E OS PRÉ-CONCEITOS...

★★★★★★★
Título: Flipped
Ano: 2010
Gênero: Comédia, Romance
Classificação: Livre
Direção: Rob Reiner
Elenco: Madeline Carroll, Callan McAuliffe, Rebecca DeMornay, Anthony Edwards, John Mahoney, Penelope Ann Miller, Aidan Quinn
País: Estados Unidos
Duração: 90 min.

SOBRE O QUE É O FILME?
Uma garota é perdidamente apaixonada por seu vizinho desde o primeiro dia em que o viu, e seu vizinho foge desesperadamente dela todas as vezes que ela aparece, até ele descobrir que ela não é exatamente tudo aquilo que ele pensava.

O QUE TENHO A DIZER...
Dirigido, escrito e produzido por Rob Reiner, famoso por títulos como Conta Comigo (Stand By Me, 1986), Harry & Sally (When Harry Meets Sally, 1989), Louca Obsessão (Misery, 1990), Questão de Honra (A Few Good Man, 1992), Meu Querido Presidente (The American President, 1995) e A História de Nós Dois (The Story Of Us, 1999). Os filmes de Reiner perderam bastante a força durante os anos, e Flipped se torna até uma grande surpresa, principalmente por vir logo em seguida do infame e exagerado Antes de Partir (The Bucket List, 2007).

A história gira em torno de dois vizinhos. Bryce (Callan McAuliffe), um garoto de 19 anos que conta como conheceu Juli (Madeline Carroll), sua vizinha, quando ainda tinham 7 anos. A narrativa começa pelo ponto de vista de como ele se sentia incomodado com as perseguições obsessivas dessa menina que em nenhum momento esconde ser apaixonada por ele. O problema é que a história também é contada pelo ponto de vista de Juli, que não o perseguia e muito menos era obsessiva, ela apenas era a vizinha apaixonada e que fazia tudo pensando em agradar.

Fala muito sobre a descoberta do primeiro amor e os sentimentos mistos que surgem com isso, mas não chega a ser tão apelativo e exagerado no açúcar como o clássico Meu Primeiro Amor (My Girl, 1991). Mas a verdade é que tudo isso nada mais é do que um pano de fundo para algo muito mais sério e que ignoramos bastante: os diferentes pontos de vista.

O roteiro nos faz calçar os sapatos de cada personagem para que possamos compreender melhor o pensamento e o comportamento de cada. Assim, pelo ponto de vista de Bryce, podemos ver em Juli uma menina chata e maluca, e pelo ponto de vista de Juli podemos ver Bryce como um menino mentiroso e covarde, mas será através da narrativa individual de cada que realmente entenderemos e saberemos como cada um é. A história não gira em torno do amor dos dois, mas do pré-julgamento e a constante mania do ser humano de nunca ir atrás dos fatos de fato, mas de sempre achar que a melhor forma de conhecer alguém é sentar em uma poltrona e criar os pré-conceitos em cima do que se vê e do que se fala, e nunca daquilo que realmente se passa, além de também mostrar a grande vergonha que sentimos quando tudo isso é percebido.

CONCLUSÃO...
Filme fácil e até bastante didático pelas narrativas serem divididas com exatidão e de forma bastante visível, mas também é extremamente sutil na hora de tratar de assuntos mais sérios por conta da falta de malícia dos personagens, tanto que muita gente pode acabar ignorando muita coisa e assistindo simplesmente como uma comédia romântica simples e comum sobre dois adolescentes. Realista, bem feito e com uma grande moral.

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