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sábado, 14 de julho de 2012

VAMOS PASSEAR EM CHERNOBYL, ENQUANTO OS MUTANTES SE APRONTAM...

Título: Chernobyl (Chernobyl Diaries)
Ano: 2012
Gênero: Horror
Classificação: 14 anos
Direção: Bradley Parker
Elenco: Dimitri Diatchenko, Ingrid Bolso Berdal, Olivia Dudley, Devin Kelley, Jesse McCartney, Nathan Phillips, Jonathan Sadowski
País: Estados Unidos
Duração: 86 min.

SOBRE O QUE É O FILME?
Seis turistas americanos viajam para o norte da Ucrânia e aceitam o convite de um deles de, com o auxílio de um guia turístico ilegal, irem até a cidade abandonada de Pripyat, local onde moravam os trabalhadores da usina de Chernobyl. Quando a noite cai, descobrem que a cidade esconde muito mais do que imaginavam.

O QUE TENHO A DIZER...
Filme de estréia do diretor Bradley Parker, sendo um filme triste de tão fraco que é. E é inacreditavel que o seu roteiro de péssima qualidade tenha sido escrito por 3 pessoas: os irmãos Carey e Shane Van Dyke, e Oren Peli. Oren também é, por sinal, criador e roteirista de toda a série Atividade Paranormal (Paranormal Activity, 2007/2010/2011/2012).

O filme tenta pegar um gancho do clássico de Wes Craven, Quadrilha de Sádicos (The Hills Have Eyes, 1977), que teve uma boa refilmagem em 2006, contando a história de uma família que viaja de Cleveland/Ohio, para San Diego/Califórnia, e após um incidente são obrigados a fazer uma pausa na viagem. Sem saber, acabam parando em uma região habitada por mutantes resultantes da radioatividade de uma antiga vila de testes nucleares, similar às famosas Cidades Teste no deserto de Nevada, nos EUA.

Com este mote, eles tentam contar uma história parecida, mas ao invés de se passar em algum lugar desconhecido, resolvem pegar a cidade abandonada de Pripyat, na Ucrânia, para desenvolver a "história", cidade onde houve o maior acidente nuclear da história por conta da Usina de Chernobyl. Mas ao contrário do filme de horror Wes Craven, que é um clássico e também uma referência do estilo gore por ser violento, sanguinário, assustador e chocante, O Diário Chernobyl é nada.

Ao contrário do que se imagina pelo trailer, que seria um filme documentado tal qual tantos outros anteriores iniciados com A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project, 1997), não há documentário algum. A câmera em primeira pessoa é feita por um observador oculto e onipresente só pra ter um tonzinho de realismo e de que tudo lá é de verdade. Não há nada de novo, nem o susto ou o suspense tem algo genuíno, e essa história de superhumanos que atacam pessoas que invadem seu habitat é uma situação que já virou um novo cliché do gênero. Nem os diálogos salvam, com frases reduntantes como "precisamos sair daqui", "ele precisa de um médico", "nós vamos morrer", e coisas do tipo, são usadas incansávelmente e insistentemente. Sem contar que acredito que os roteiristas estavam um pouco desatualizados, já que não é necessário mais entrar ilegalmente na cidade abandonada, já que há uma grande zona que não apresenta mais níveis de perigo radioativo para esse fim, desde que sejam apresentados documentos (que são fáceis de serem retirados) e haja o acompanhamento de um guia credenciado.

O filme é tão ruim que a distribuidora não fez a pré-apresentação para críticos. A sorte é que dura apenas 82 minutos, mas é tempo suficiente para dar uns bons bocejos e umas pescadas grandes, e acordar com os personagens correndo no mesmo lugar, gritando as mesmas coisas, mas cada vez em um número menor, já que vai morrendo um por um, para nossa alegria.

CONCLUSÃO...
Mas nem ao menos quem gosta do gênero pode chegar a gostar desse filme, já que ele é basicamente pro público adolescente e alienado, aqueles que vão ao cinema uma vez ao ano pra comer pipoca de balde e saem de lá dizendo que o filme é o máximo e comentando as melhores partes, dizendo que deu muito medo. Ahn-ham...

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