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quarta-feira, 11 de julho de 2012

AMIGOS COM SEXO...

★★★
Título: Solteiros Com Filhos (Friends With Kids)
Ano: 2011
Gênero: Comédia, Drama
Classificação: 14 anos
Direção: Jennifer Westfeld
Elenco: Jennifer Westfeldt, Adam Scott, Kristen Wiig, Jon Hamm, Maya Rudolph e Chris O'Dowd, Megan Fox
País: Estados Unidos
Duração: 107 min.

SOBRE O QUE É O FILME?
Sobre um casal de amigos que resolvem ter um filho, mas sem as obrigações conjugais que estragariam suas relações.

O QUE TENHO A DIZER...
Está virando regra que todo filme que tenha "FRIENDS WITH" no título original seja ruim. Hollywood ainda insiste nessa idéia de criar a comédia romântica e misturar relações e sentimentos em cima de melhores amigos, quando na realidade a gente sabe que as coisas são diferentes.

Há um determinado ponto no filme em que os dois melhores amigos resolvem fazer o filho, se beijam, e ela diz: "É como beijar um irmão". Pois é, a sensação é realmente essa, agora imagine fazer sexo com seu melhor amigo quando há outras formas conceptivas sem a necessidade do método arcaico e ultrajante para os dois, mas que precisava existir, senão o filme não seria uma comédia, e muito menos romântica.

Escrito, dirigido, produzido e atuado por Jennifer Westfeldt, que vem de uma geração de comediantes da mesma de Kristen Wiig - que atuou e escreveu o engraçado Missão Madrinha de Casamento (Bridesmaids, 2011). Aliás, boa parte dos atores principais de Missão também estão neste filme, como: Maya Rudolph, Jon Hamm, Chris O'Dowd, além da própria Kristen Wiig.

Há conversinhas sobre casais, filhos, sexo no casamento, sexo fora do casamento, quantidade de sexo antes e depois do casamento, formas de se fazer sexo, como chachoalhar uma criança quando ela chora, gente que sai de cena chorando, gente que sai da mesa jogando o guardanapo pra dar tom mais teatral e dramático, mais sexo, gente que volta pra mesa, sexo, intervalinho pra dizer que a comida estava ótima, crises de paixonite aguda, mais sexo... e assim vai.

Enfim, o tema central da história só firma mais a idéia de que um filho muitas vezes é uma decisão um tanto egoísta, como os personagens deixam evidente. A decisão foi tomada porque de certa forma houve uma pressão social ao verem todos os melhores amigos casados e com filhos, aí surgiu a decisão da mulher porque ela estava ficando velha e com a necessidade fisiológica aflorando e o homem acreditava que já estava na hora de deixar um legado. Não foi irresponsável, mas egoísta, como costuma ser.

Essa questão de amigos terem filhos é real, eu mesmo já tive essa discussões, mas o filme poderia ter sido melhor se tivesse tratado do assunto com mais verossimilhança e não numa tentativa forçada de ser um bate-papo sexual bem humorado sobre isso e, no fundo, levando a lugar algum.

Ele se perde em seqüências que não servem para nada, dando a falsa impressão de que o filme é mais longo do que seus 102 minutos cansativos e bocejantes. Nem mesmo as atuações ajudam muito com uma Jennifer Westfeldt com sua sempre cara de garota complacente e compreensiva, Adam Scott no clichê de garotão esperto e garanhão que sabe ser brincalhão com as crianças, Maya Rudolph nos seus ataques de histeria e Kristen Wiig se esforçando pra não soltar uma piada. Se por acaso tivesse sido um curta-metragem com os primeiros 15 minutos e os 10 minutos de discussão na mesa de Ano Novo, talvez teria sido melhor, pois o que estraga é justamente o tempo que se perde levando a nada.

Obviamente que o casal de amigo também se desgasta, e se apaixona e o filho faz nascer o amor, fazendo o filme terminar... em sexo.

CONCLUSÃO...
O filme é muito mais sobre amigos e sexo do que amigos e filhos. Ou seja, faça muito sexo, até mesmo com seu melhor amigo, que uma hora um filho aparece e, quem sabe, o amor também.

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