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segunda-feira, 5 de março de 2012

HUGO E A SUA FANTÁSTICA FÁBRICA DE MEMÓRIA...

★★★★★★★★
Título: A Invenção de Hugo Cabret (Hugo)
Ano: 2011
Gênero: Fantasia, Aventura, Drama, Comédia
Classificação: Livre
Direção: Martin Scorcese
Elenco: Ben Kingsley, Asa Butterfield, Cloe Grace Moretz, Helen McCrory, Emily Mortimer, Sasha Baron Cohen.
País: Estados Unidos
Duração: 126 min.

SOBRE O QUE É O FILME?
Sobre um órfão que mora numa estação de trem e passa os dia cuidando do relógio da estação e em busca de peças para tentar consertar um autômato deixado por seu pai e que ele acredita conter algum segredo.

O QUE TENHO A DIZER...
É uma bela história sobre o cinema que Martin Scorcese resolveu contar baseado na obra do escritor e ilustrador Brian Selznick, filho de David O. Selznick, grande produtor de Hollywood nos anos 20-50. É uma bela mistura de realidade e fantasia principalmente para aqueles que não estão familiarizados e acreditam que o cinema começou nos Estados Unidos, mas certamente serão poucos que irão assistir ao filme e assimilar este ponto de vista ou até mesmo perceber que estão assistindo a uma alegoria de uma história que não é fictícia. Um maravilhoso tributo ao cinema francês do começo ao fim.

O filme de alguma forma me lembrou bastante os de Jean Pierre Jeunet e Marc Caro, os aspectos visuais, a importância de segmentos da vida cotidiana, personagens incomuns e o uso da fantasia para contar uma história simples que se transforma bela e admirável. Isso acontece talvez pelo fato de Jeunet ser um dos mais importantes diretores franceses contemporâneos e que é claramente inspirado por George Meliés e seu fantástico e colorido mise en scene.

Scorcese oferece à audiência uma tocante e inspirada jornada que apenas um diretor experiente poderia oferecer, misturando o cinema clássico com o que há de mais moderno em tecnologia, resultando numa emocionante tragetória do antigo ao novo num perfeito equilíbrio. O grande problema do filme é ele ficar em um meio termo entre o público adulto e o infantil, além de infelizmente muitos não assimilarem a história e a que ela se refere. Um pouco longo também, como costumam ser os filmes do dirtor. Embora seja admirável essa homenagem e manutenção da memória que Scorcese quis, é uma pena que ela realmente pouco exista de fato. Mas agora está imortalizada e disponível para quem se interesse.

CONCLUSÃO...
Maravilhoso. O filme não é apenas nostálgico por nos levar às raízes do cinema, mas também aquilo que George Meliés exatamente esperava do cinema: uma oportunidade para sonhar novamente.

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