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sábado, 21 de abril de 2012

TUDO É PELA METADE...

★★★★★
Título: 50% (50/50)
Ano: 2011
Gênero: Drama, Comédia
Classificação: 12 anos
Direção: Jonathan Levine
Elenco: Joseph Gordon-Lewitt, Seth Rogen, Anna Kendrick, Bryce Dallas Howard, Angelica Houston
País: Estados Unidos
Duração: 100 min.

SOBRE O QUE É O FILME?
Sobre um rapaz que descobre que está com um câncer raro na coluna e tem 50% de chances de se curar.

O QUE TENHO A DIZER...
Bom... filmes sobre doença é complicado quando ele já foi incansavelmente explorado de todas as formas possíveis e imagináveis, principalmente quando é sobre câncer, qualquer que seja ele.

Embora o papel principal não era pra ser de Joseph Gordon-Lewitt, foi evidente mesmo assim os esforços sobrenaturais que tentaram fazer no ano passado de tentar consolidá-lo com essa comédia (sim, comédia) boba que já foi vista antes. Fizeram de tudo para colocar tanto ele quanto o filme nas melhores premiações, mas não conseguiu nada mais importante que de duas indicações ao Globo de Ouro (Melhor Ator Comédia e Melhor Filme Comédia). Will Reiser até conseguiu abocanhar um Independent Spirit Award e um National Board Of Review de melhor roteiro original, até parecendo que ano passado não teve nada melhor.

50% foi do jeito que fiquei depois que terminei de assisti-lo. Não é ruim, mas não é bom. Não é maravilhoso, mas não é horroroso. Meio drama, meio comédia. Nada nele é por inteiro, tudo é pela metade. A direção frouxa e sem uma orientação definida fez do filme um caos, já que o roteiro autobiográfico de Will Reisner também falha bastante na tentativa de misturar drama e comédia usando um tema tão difícil como esse levando a momentos de inevitável cliché.

Além de tudo, o elenco principal atua os mesmos personagens que já interpretaram em um breve passado, recortando e colando as performances, só mudando o nome. Joseph sendo a personificação do sofrimento e da incompreensão como em (500) Dias Com Ela (500 Days Of Summer, 2009); Seth Rogen sendo aquele personagem chato e exagerado que tenta ser "engraçado", aquele tipo de ator que sempre é contratado ou enfiado em um filme pra tenta fazer as pessoas rirem e aliviar o tom dramático; Bryce Dallas Howard agindo como a mesma garotinha fresca e egoísta; Anna Kendrick repete a mesma insegura, eufórica e entusiasta como em Amor Sem Escalas (Up In The Air, 2009); e claro, Angelica Houston sempre sobrando e sendo subaproveitada em papéis esquecíveis como a mãe. Mesmo repetindo os mesmos estilos, nenhum deles oferece uma atuação realmente brilhante.

O resultado é o mesmo filme de câncer e as dificuldades para sobreviver a ele. Javier Barden já fez isso, Meryl Streep também, Susan Sarandon, Michael Keaton, Emma Thompson, Debra Winger... e a lista vai embora. Este filme é apenas mais um, mais uma vez usando a doença para terem oportunidade de mostrar os personagens se entorpecendo de maconha como se isso fosse uma grande piada engraçada. Parece simples e honesto, mas ao invés disso é descartável, tentando com muito esforço ser alguma coisa. Há alguns momentos engraçados, mas nenhum deles pelas tentativas frustradas de Seth Rogen. Alguns outros momentos bem tristes, mas muito mais pelo uso correto e efetivo de cenas impactantes junto com a trilha sonora apelativa.

CONCLUSÃO...
Um filme que não é tudo aquilo que dizem e tentaram promover, mas engana bem aqueles que não estão acostumados ou não ligam em assistir a mesma coisa sempre. Não chega a ser uma perda de tempo, mas também não serve pra ser uma primeira escolha ou muito menos deixar de fazer algo para assistí-lo. Feito pra ser assistido numa tarde chuvosa de domingo.

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