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sábado, 16 de julho de 2011

VIDA DURA...

★★★★★★★★
Título: A Vida Durante A Guerra (Life During Wartime)
Ano: 2009
Gênero: Drama, Comédia
Classificação: 16 anos
Direção: Todd Solondz
Elenco: Shirley Henderson, Ciarán Hinds, Michael Kenneth Williams, Allison Janney, Dylan Riley Snyder, Renée Taylor, Charlotte Rampling
País: Estados Unidos
Duração: 98 min.

SOBRE O QUE É O FILME?
Depois de passar um bom tempo preso por crimes de pedofilia, um pai tenta rever sua família numa época de mudanças em que sua ex-mulher, Trish, está para se casar com outro homem que poderá ser um bom marido e pai para seus dois filhos. A irmã de Trish, Joy, também é assombrada por fantasmas de amores passados. Amigos, família e amantes se esforçam para encontrar o amor, perdão e o significado da vida.

O QUE TENHO A DIZER...
Escrito, dirigod e prouzido por Todd Sonlondz, que costuma lidar com histórias sobre felicidade e dor, perdões, esquecimentos e arrependimentos, engrenagens que movimentaram seus trabalhos anteriores, como Bem-Vindo À Casa de Bonecas (Welcome To Dollhouse, 1995), Felicidade (Happiness, 1998) e Palindromes (2004). É um diretor pouco conhecido por nunca ter feito um trabalho grande e estar sempre ligado a produções pequenas e independentes, mas poderosas nos seus sentidos e mensagens. Este filme, na realidade, é uma continuação ao seu filme Felicidade, porém com um elenco totalmente novo, o que acaba não anulando o filme anterior, mas podendo tratá-los como filmes únicos ou individuais, dependendo do ponto de vista.

Neste filme a história se desenvolve em torno da vida de um garoto e os membros de sua família que estão tentando descobrir os significados de quando e como as pessoas devem alcançar o prazer e a felicidade na vida perdoando e esquecendo situações difíceis o bastante de serem esquecidas ou perdoadas. Complexo, mas uma realidade latente.

Como sempre, Solondz brinca com o humor negro todo o tempo para aliviar o peso dos complexos temas dramáticos, dando o balanço exato e necessário para que verdadeiras discussões muitas vezes pesadas sobre a vida se transformem em algo comum como um café da manhã.

Os personagens são bem construídos, sendo interessante a forma como eles encaram as relações entre eles. Durante todo o filme sempre há o confronto entre dois personagens que discutem em uma mesa ou com algo entre eles, usando o obstáculo como algo onde eles possam colocar e jogar - mas às vezes esconder - todos seus problemas e diferenças, mas ao mesmo tempo bloqueando e impedindo o alcance um do outro, como em um campo de batalha.

Palavras são como armas e assistir esses personagens usando-as como balas de revolver é chocante pois é exatamente o que fazemos na vida real, e nós somos responsáveis por magoar ou machucar uns aos outros por isso. O filme lida com temas complexos, sendo às vezes difícil de ser assistido por conta da crueza, amargura e de diálogos impactantes, mas a verdade é que ninguém pode fugir dessas realidades para sempre.

CONCLUSÃO...
É um filme lento e bastante viceral que lida com temas difíceis como pedofilia, traição, solidão e incompreensão como se estivesse comentando sobre o capítulo da novela do dia. Todd Solondz é único e assim são seus filmes. Ele obriga as pessoas a olharem fatos por um ângulo que sistematicamente ignoramos.

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